Inovação vem depois do “básico”

Inovar é preciso. Não resta dúvida disso. A sobrevivência no mercado – seja qual for seu segmento e tamanho de empresa – exige constante preocupação em encontrar soluções que melhoram os processos e trazem maior produtividade. Ou seja, exige inovação constante.

Nos últimos anos temos sido tão bombardeados por esse discurso que muita gente acredita que basta inovar para obter resultados. E o entendimento do que é inovação varia.

Alguns acreditam que é preciso automatizar tudo, outros, que é necessário rejuvenescer a equipe. Existem ainda os que acreditam que a solução é copiar grandes empresas famosas pela inovação. Assim, criam salas para que os funcionários relaxem e outras “soluções” criativas para que se divirtam no horário de trabalho.

O fato é que, seja qual for o processo de inovação que a sua empresa pretende adotar, ele não pode ser maior do que a sua capacidade de fazer sua entrega básica com perfeição.

Recentemente, em uma conversa com o consultor Eduardo Rulti ouvi a seguinte frase:

“Tenho visto tanto erro de execução que inovação foi para o final da lista”

É um grande alerta. As empresas não estão fazendo – como se diz popularmente – o “arroz com feijão”, o básico, mas estão preocupadas com inovação.

Esse é o seu caso? Vamos falar um pouco sobre isso.   

O que é o básico?

Independentemente do seu negócio, o básico pode ser entendido como o mínimo que a sua empresa precisa para entregar o seu produto (seja ele um bem de consumo ou serviço) em perfeitas condições para o cliente final.

O básico é o que origina o negócio e, normalmente, por ser tão comum no dia a dia de torna parte da rotina e, às vezes, sendo esquecido.

O seu produto precisa de uma nova embalagem ou apresentação? Sua empresa precisa de uma nova marca, uma nova identidade visual? Ok, mas se o seu produto não está nem chegando ao PDV na quantidade ideal, existe ruptura ou você nem consegue medir seu share e outros dados básicos, qual a necessidade de “inovar” na embalagem ou na marca?

Esses são apenas exemplos simples de ações que muitas vezes não são exatamente necessárias em dado momento e que acabam roubando o foco de outras que são vitais para o seu negócio.

O que é inovação?

Literalmente, inovar quer dizer criar algo novo, utilizar novas ideias para melhorar o que já existe na organização.

Peter Drucker, um dos maiores nomes da gestão no século XX, define inovação como o “ato de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e processos) existentes na empresa para gerar riqueza”.

Hoje o conceito está diretamente ligado à tecnologia e isso confunde muito a cabeça dos gestores. Alguns começam a usar uma nova ferramenta digital que simplesmente melhora um pequeno processo e já se acham grandes inovadores.

Adotar o uso da tecnologia não adianta se o processo não ganhar com isso. Ou seja, se a partir da adoção não houver uma melhor entrega do produto e um maior retorno financeiro. Isso, normalmente, passa pela total aceitação e mudança de comportamento da equipe.

Por isso inovar é um risco, pois envolve deixar um estágio “seguro”, no qual todos sabem o que fazer, para avançar para outro e fazer esse caminho envolve tempo, investimento e requer paciência para aguardar os resultados.  

Mas, como já foi dito, a inovação constante é uma necessidade nos dias atuais e isso não vai mudar tão cedo. Então para poder avançar com ela é preciso garantir que o básico esteja sendo feito.

Inovação: qual a hora certa?

Guarde o título desse artigo: a inovação vem depois do básico. Se você como gestor, sempre seguir essa regra, não vai deixar nenhuma ponta solta antes de partir para um novo estágio do seu negócio.

Hoje, por exemplo, se fala muito sobre a necessidade de ter o shopper no centro do negócio. Mais do que uma tendência isso é uma realidade e por isso existe o shopper marketing estudando e apontando caminhos nessa direção.  

Ok, você lê isso e decide que vai se voltar para o entendimento do shopper como guia do seu negócio. Só que quando começa a pesquisa de campo percebe que nem sempre o shopper encontra seu produto na prateleira porque há ruptura, os canais de comunicação do shopper com a sua empresa estão demorando dias para responder dúvidas simples, seu CRM está desatualizado e você não tem realmente noção de quantos contatos ali são úteis ou não…

Enfim, aspectos básicos do seu negócio não estão funcionando direito. De que adianta querer avançar desse modo?

Assim, toda vez que se deparar com alguma ideia que pode ser inovadora para a sua empresa, mínima que seja, analise antes o estágio atual da organização, do departamento, e veja o que precisa de ajuste, conserto ou melhora, antes de investir em algo novo.

Garantir um “arroz com feijão” bem feito é o que é preciso para poder depois reforçar o cardápio com pratos mais elaborados. A expressão popular é simples, mas é cheia de verdade.

Pense nisso!

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Até a próxima semana!


1 comment

[…] real nem estamos falando sobre um novo produto. Na última semana escrevi aqui no blog sobre como a inovação deve vir depois do básico. A essência é a […]

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