Trade Marketing se faz com coleta e análise de dados. Se você já leu meus artigos aqui sabe quantas vezes eu falo sobre isso e busco conexões entre o dia a dia do Trade com os mais diversos temas para provocar reflexões e insights.
Essa semana, acompanhando o site Visual Capitalist (que eu recomendo para quem gosta de entender mais sobre tecnologia, economia e política através de gráficos muito bem elaborados), li um texto falando sobre o The Big Mac Index – o já famoso método de comparação do poder de compra em diversos países, produzido desde 1986 pela publicação inglesa The Economist – que eu já citei em um artigo sobre uso de KPIs.
O artigo traz um gráfico animado mostrando a variação de preço do principal lanche da rede McDonald´s entre 2004 e 2022 e fazendo relações com a variação da cotação das moedas em 35 mercados mundiais – o Brasil entre eles.
Fiz uma experiência rápida com esse artigo: mandei o link para algumas pessoas e esperei os comentários. O resultado foram opiniões sobre a interpretação dos dados influenciadas pela maneira como cada um enxerga o mundo econômica e politicamente. Na prática, cada um viu o que quis.
Acendeu uma luz de alerta por aí?
O Trade trabalha com um grande volume de dados, mas não basta coletar e apresentar as informações sem que haja análise, explicação e – um item que todos esquecem – acompanhamento sobre o uso dos dados.
Em outras palavras, é preciso gerenciar o entendimento sobre a informação. Você já tinha parado para pensar nisso?
Acompanhe!
Não basta fornecer o dado, é preciso explicar
Parece um pouco óbvio dizer que fornecer o dado não é suficiente, mas no dia a dia essa prática é esquecida. Retomando o exemplo citado no início do texto, se você simplesmente mostra um gráfico ou uma planilha com números para uma pessoa, a não ser que ela esteja extremamente ciente do que se trata, com certeza pode interpretar a informação de forma incompleta, errada ou enviesada. Se estivermos falando só de gráficos, o risco é ainda maior.
Em outro artigo publicado aqui no blog eu falo sobre o como os gráficos devem ser interpretados e aponto os riscos mais comuns na leitura de informações.
O fato é que é preciso mostrar os dados e:
– Contextualizar o que eles significam e qual o seu objetivo;
– Apontar o que deve ser olhado (analisado);
É claro que, dependendo do volume de informações existem muitas coisas para serem analisadas, isso torna ainda mais importante o processo de gestão do que as pessoas entendem.
Há algumas décadas o estudo da gestão do conhecimento, ou KM – do inglês knowledge management – tem sido aplicado em inúmeras organizações para a melhoria dos processos internos e aumento do potencial competitivo. Mas nem é preciso chegar nesse nível de complexidade, basta ter em mente que é necessário acompanhar como a informação é absorvida.
Gestão do entendimento da equipe
Não existe uma fórmula para gerenciar como a equipe entende os dados que são apresentados. Tudo depende do tipo de dado, do tamanho da equipe, do nível de complexidade da informação e de maturidade das pessoas.
De um modo geral o processo pode ser:
Presencial – Os dados são apresentados diretamente para as pessoas, de forma individual ou em uma reunião. Nesse caso é preciso que exista um responsável por apresentar a informação da maneira como explicada acima.
Após a exposição dos dados é fundamental que haja tempo para que as pessoas tirem dúvidas. É preciso que todos tenham o mesmo entendimento sobre o que é mostrado.
Remoto – Os dados podem ser enviados por e-mails, memorandos ou através de plataformas de comunicação internas. Hoje em dia, com organizações cada vez mais adeptas a esquemas híbridos de trabalho o compartilhamento remoto de informações facilita a vida, mas pode ser também um risco.
É mais difícil explicar detalhes e, principalmente, sanar dúvidas. Outro problema é o próprio recebimento da informação. Sempre existem aqueles que não abrem os e-mails ou alegam que “não receberam a informação”.
É preciso estabelecer um protocolo de comprovação do recebimento dos dados e também uma forma de tirar dúvidas, seja utilizando um sistema ou por contato direto. Se possível, é bom – após o compartilhamento de dados importantes – que seja realizada uma reunião virtual para se certificar que todos estejam alinhados.
O processo não pode parar por aí.
Quando informações importantes são compartilhadas com a equipe é porque devem ser usadas de alguma forma para melhorar o desempenho do time ou da empresa, certo? É preciso que haja um fluxo de verificação de como os dados estão sendo aplicados.
Isso pode ser feito via relatórios ou reuniões de acompanhamento. O uso de um sistema de comunicação pode facilitar o processo.
Cuidar da informação deve estar na cultura da empresa
Veja que eu parti de um exemplo simples para falar sobre gerenciamento do entendimento dos dados e do processo que o envolve, mas o que está por trás disso é – como sempre – a criação de hábitos na organização, a cultura.
Ao pensar na criação de um método de compartilhamento da informação e em um acompanhamento de como ela é aplicada se inicia uma mudança na cultura da empresa que deve ser seguido pela prática constante para que se consolide.
O que é certo é que nenhuma organização cresce quando as informações são passadas de forma desorganizada.
Pense nisso e comente o que achou desse artigo!
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Trabalhe com segurança!
Até a próxima semana.
alneide
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